A corrida no principado é uma prova especial. Atrai a atenção do mundo por acontecer nas ruas estreitas de uma das mais charmosas cidades da Europa. Aqui aparentemente a diferença do melhor carro da Fórmula 1 se reduziria, já que não existem curvas de alta velocidade e a aerodinâmica não é tão importante. Isso se confirmou nos treinos livres com a Ferrari liderando sem ter um carro tão bom quanto a McLaren e Red Bull. A equipe italiana fez o melhor tempo na quinta-feira com Fernando Alonso. Os pilotos da McLaren e Nico Rosberg da Mercedes também colocaram seus carros a frente dos favoritíssimos ao título do campeonato: Vettel e a Red Bull. Mas aí veio a classificação e as falsas aparências se dissiparam. Deu Sebastian Vettel novamente na pole position, seguido por Jenson Button e Mark Webber. Serão esses provavelmente os postulantes pela vitória no principado.
Quem poderia ter sido melhor na classificação foi Lewis Hamilton que chegou a liderar as duas primeiras etapas. O forte acidente de Sergio Pérez da Sauber na saída do túnel (o mexicano chegou a ficar desacordado) paralisou o Q3 e atrapalhou os pilotos que não tinha feito tempo. Após o resgate de Pérez e a manutenção de parte da pista danificada pelo acidente, sobrou tempo apenas para mais uma volta. O que não foi o suficiente para que Hamilton demonstrasse seu melhor desempenho. O inglês larga apenas em sétimo e sem grandes chances de brigar pela vitória, já que a pista em Mônaco não facilita as ultrapassagens. A frente do piloto da McLaren largam os carros da Ferrari e o Mercerdes de Schumacher.
A Renault também foi uma grande decepção. Vitaly Petrov e Nick Heidfeld não conseguiram passar para a última parte da classificação e vão largar respectivamente em 11º e 16º. As vagas abertas pela Renault no Q3 ficaram com Pastor Maldonado da Williams e Sergio Pérez da Sauber. Por sinal, as duas melhores equipes médias em Monte Carlo. O circuito favoreceu assim a problemática Williams que também colocou Rubens Barrichello em 12º. A equipe tem agora uma boa chance para finalmente pontuar no campeonato. A Sauber também colocou Kamui Kobayashi em 13º. A Force India vem em seguida com Di Resta e Sutil. Já a Toro Rosso ficou na rabeira do grupos das equipes médias, com um de seus pilotos sendo superado inclusive pelos carros da Lotus. Completando o grid vem as nanicas Virgin Marussia e a Hispania que nem treinou depois do forte acidente de Liuzzi nos treinos livres.
A Toyota teve uma perda importante de imagem nos Estados Unidos devido ao abrangente recall que os japoneses foram obrigados a fazer naquele mercado. A manutenção preventiva foi provocado por um acidente ocorrido em 2009 e que vitimou quatro pessoas de uma mesma família. As vítimas estavam em um Lexus ES350, modelo da marca mais luxuosa do grupo.
O acidente poderia ter passado desapercebido se não fosse a ligação de um dos passageiros para um número de emergência relatando que o acelerador travou e o carro estava em altíssima velocidade. A Toyota acabaria constatando que o problema estava no tapete que poderia prender o pedal do acelerador de uma série de carros fabricados pelo grupo. O recal para solucionar esse problemal abrangeu 3,8 milhões de veículos das marcas Toyota e Lexus, dentre eles o Camry que é exportado para o Brasil.
Antes desse acidente, os veículos do grupo Toyota eram reconhecidos não apenas nos EUA como modelos duráveis e que necessitavam de pouca manutenção. O comercial aqui postado trabalha justamente com essa característica e que precisa justamente ser retrabalhada pela marca japonesa após todos os problemas ocorridos na América do Norte.
O GP da Espanha não foi tão rico em ultrapassagens como os anteriores, mas alguns pilotos se sobressaíram mesmo nessas condições. Principalmente Nick Heidfeld, piloto da Renault. O alemão largou em último devido a sua não participação no treino classificatório. O monoposto de Heidfeld sofreu um incêndio durante o terceiro treino livre. Os danos foram tão grandes que não foi possível recuperá-lo para a classificação. Mas esses obstáculos não impediram Heidfeld de cruzar a linha de chegada do GP da Espanha em oitavo. Ótimo resultado se comparado não apenas com a sua posição de largada, mas também com o posicionamento final de seu companheiro de equipe. Vitaly Petrov terminou a prova apenas em 11º.
Pastor Maldonado também não foi bem nessa prova, mas não poderíamos deixar de falar da bela modelo que foi sua gridgirl em Barcelona. Com belas curvas, foi essa a espanhola que mais brilhou, sendo eleita a Bela da vez.
O circuito de Montmeló foi o palco de mais uma vitória de Sebastian Vettel na temporada. Mas o jovem alemão teve uma dificuldade maior nesta prova do que na anterior, realizada na Turquia. A Red Bull não se apresentou tão forte e imbatível e essa sensação se deve principalmente a uma boa performance da McLaren e a uma largada sensacional de Fernando Alonso da Ferrari. Durante a prova o jogo parecia incerto, com Hamilton atacando Vettel até a última volta, mas no final prevaleceu a boa aerodinâmicado carro da Red Bull e o talento do atual campeão.
Comecemos então a avaliação da corrida pela equipe que demostrou que ainda pode ser um concorrente de peso para os pilotos da equipe dos touros vermelhos. Com uma estratégia mais bem bolada, os pilotos da Mclaren foram para o pódio do GP da Espanha. Jenson Button fez uma corrida baseada na economia de pneus. Com um menor número de paradas nos boxes, Button que havia caído de quinto para décimo na largada, superou vários rivais para cruzar a linha de chegada em terceiro. Lewis Hamilton fez uma prova ainda mais interessante, andando forte o inglês só não venceu a corrida porque Vettel tinha um carro equilibrado em uma pista que dificultava as ultrapassagens. Hamilton andou sempre entre os quatro primeiros, terminando em segundo, bem próximo de Vettel.
Quem se deu mal nessa história foi Mark Webber que acabou a corrida atrás de Vettel e dos carros da McLaren. O australiano vinha bem nos treinos livres e na classificação. Webber havia garantido a pole position e parecia ter renascido para o campeonato, mas já na largada foi ultrapassado por Vettel e um surpreendente Fernando Alonso. O espanhol aproveitou a briga entre os pilotos da Red Bull no final reta principal para tomar a primeira colocação. O piloto da Ferrari seguia na ponta até o primeiros pitstop, daí pra frente sofreu com o desgaste maior de seus pneus e foi perdendo posições para os carros da Red Bull e McLaren. Mas no final conseguiu um bom quinto lugar. Já seu companheiro de equipe, Felipe Massa, teve mais dificuldades. Andando frequentemente em oitavo, foi atrapalhado pela equipe com pitstops muito demorados e um problema mecânico no final da corrida que o forçou a abandonar.
Diferente dos italianos, a Mercedes fez uma corrida mais regular, terminando na zona de pontos com seus dois pilotos. Michael Schumacher foi um pouco melhor que Nico Rosberg, seu companheiro de equipe. O veterano ganhou algumas posições já na largada e terminou a prova em sexto lugar. Ou seja, quatro posições acima de sua posição de largada. Já Rosberg cruzou a linha de chegada em sétimo, a mesma posição em que o jovem alemão da Mercedes havia largado. Completando o grupo das equipes grandes tivemos a Renault que chegou em oitavo com Nick Heidfeld. Partindo do último lugar devido a problemas que o impediram de participar da classificação, o alemão fez uma ótima corrida e superou uma série de adversários. Já Petrov foi pior, largando na sexta posição, acabou a corrida apenas na 11ª posição, atrás dos carros da Sauber. Assim Sergio Pérez e Kamui Kobayashi terminaram novamente na zona de pontuação, demonstrando que a Sauber é mesmo a melhor equipe média. E que a Renault se cuide, que a equipe suíça já está andando no mesmo ritmo.
As demais equipes médias seguem na luta para melhorar desempenho. Force India foi melhor nessa prova, mas não conseguiu pontuar com seus pilotos. Paul Di Resta e Adrian Sutil completaram a prova em 12º e 13º. Em seguida vieram os carros da Toro Rosso e Williams. A equipe B da Red Bull colocou Sebastien Buemi em 14º e Jaime Alguesuari em 16º. Vale destacar a boa corrida de Buemi, o suíço andou em alguns momentos na zona de pontuação. A Williams também não foi bem e segue seu calvário. Apesar da melhora na classificação que colocou Pastor Maldonado na nona colocação no grid de largada, na corrida a situação foi outra para a tradicional equipe inglesa. O venezuelano teve um ritmo ruim de corrida e terminou na 15ª colocação. Barrichello não teve sorte melhor. Sofreu com problemas mecânicos na classificação que o levaram a partir da 19ª colocação. Na corrida, chegou apenas duas posições a frente de sua colocação na largada. O brasileiro sofreu muito em toda prova e mesmo tendo economizado pneus na classificação do sábado, disputou posições com carros piores como os da Lotus. Falando na equipe do malaio Tony Fernandes, a Lotus segue como a melhor das equipes pequenas e aparecendo como uma rival potencial para Williams e Toro Rosso.
Terminado o GP da Espanha, temos Vettel ainda na liderança com 118 pontos, seguido por Hamilton com 77, Webber com 67 e Button com 61 pontos. A próxima prova será o tradicional Grande Prêmio de Mônaco, onde será difícil colocar em funcionamento o sistema de asas móveis. A Pirelli também planeja levar pneus macios e supermacios, o que deve trazer alguma emoção a corrida. Fica a torcida para que as estreitas ruas do circuito de Monte Carlo tornem a disputa entre Vettel e as McLarens mais aguerridas. E porque não, torcer para que Mark Webber use melhor o belo equipamento que tem nas mãos. Vale lembrar que o australiano venceu ano passado a corrida do principado.
A falta de esperança provocada pelo último grande prêmio na Turquia parece ainda rondar a Fórmula 1. A Red Bull que não tem se esforçado nos treinos livres para mostrar força, ficando geralmente apenas no trabalho de acerto para a corrida, acabou fazendo o primeiro tempo nos treinos em Barcelona. Mark Webber na ponta e Sebastian Vettel em terceiro demonstram que a tendência será mesmo uma vitória da equipe dos touros vermelhos. A McLaren até colocou Lewis Hamilton numa segunda colocação, mas o piloto reclamou muito dos pneus duros que a Pirelli forneceu para o GP da Espanha. E como a Red Bull sempre deixa a força máxima para o dia da classificação, a tendência de supremacia de Vettel parece se confirmar novamente. A questão é se Mark Webber vai finalmente fazer frente ao companheiro de equipe. Ano passado o australiano venceu a prova, ganhando um gás para entrar definitivamente no campeonato. Fica a torcida para que isso se repita e que haja uma briga boa entre os touros vermelhos.
Assim, fica a sensação e que as duas primeiras filas serão de Red Bull E McLaren. Com Jenson Button fazendo o quarto tempo, parece ser essa mesmo a tendência para amanhã. Tomará que a equipe inglesa consiga fazer alguma pressão nos adversários. Para completar o grupo das equipes grandes, a aposta é que teremos Ferrari e Mercedes. Os italianos vem melhorando seu desempenho, principalmente em corrida e com Fernando Alonso. E a Mercedes tem sido muito boa nos treinos classificatórios, no último deu Nico Rosberg em terceiro.
A Renault deveria entrar nessa briga entre Ferrari e Mercedes. Mas a equipe continua perdendo terreno para as equipes maiores e no treino livre de hoje ainda foi superada pela Sauber, com Kobayashi a frente de Heidfeld e Pérez superando Petrov.
Já as outras equipes médias seguem emboladas, com uma pequena melhora de desempenho da Williams que abriu alguma vantagem para as pequenas. A equipe inglesa deve assim entrar novamente na briga com Toro Rosso e Force India. E lá no fundão do grid a Marussia Virgin continua a frente da Hispania que em casa pode passar o vexame de não conseguir se classificar. Liuzzi e Karthikeyan não atingiram tempos 107% inferiores ao melhor do dia.
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