Hora do Comercial | Dear Chevy Cruze

A importância da Coreia do Sul na atual conjuntura do mercado automotivo pode ser observada num dos mais novos carros globais da General Motors, o sedan médio Cruze. A especificações de design e estilo do veículo foram projetadas pela GM Daewoo, a divisão sul-coreana da General Motors, e ganhará o mundo com as marcas Chevrolet e Holden. O carro utiliza a plataforma Delta II, a mesma do novo Opel Astra (o europeu), e já existe uma variação hatch que foi apresentada como carro conceito no salão de Genebra deste ano, mas sua versão de produção não será muito diferente e poderá ser lançada em breve.

Na Coreia do Sul e na Austrália, nesse último país através da marca Holden, o veículo já está sendo comercializado. Nos Estados Unidos o carro acaba de ser lançado e foi apresentado com uma campanha criativa que manda um recado muito claro para os seus concorrentes: Toyota Corolla, Honda Civic e Ford Focus. São três filmes, cada um direcionado a um concorrente, onde um locutor detalha as características do Cruze que seriam melhores que as de seus adversários, isso de forma bem direta. Essa estratégia de choque direto com outros produtos concorrentes, inclusive citando seus nomes, é muito comum nos EUA. Por aqui a estratégia deve ser diferente, mas se preparem que o Cruze deve chegar no Brasil no segundo semestre para ocupar o lugar do Chevrolet Vectra (uma adaptação da geração anterior do Opel Astra) e irá partir para a briga contra os bem sucedidos Civic, Corolla, Elantra e Cerato. E utilizará como arma justamente o ousado design asiático, além de um conjunto mecânico desenvolvido pelos alemães da Opel.

Quadriculada F-1 | Valência, GP da Europa

Dois touros e um único toureiro, o resultado? O toureiro superou apenas um adversário, o outro saiu em disparada passando por cima de todos, como se Valência fosse Pamplona. Sebastian Vettel e seu Red Bull estão praticamente imbatíveis. Com a vitória deste domingo no GP da Europa, venceram 6 de 8 corridas realizadas, terminando em segundo nas duas que não venceram. Mark Webber, o outro touro vermelho, andou melhor, mas foi superado por Fernando Alonso em uma das pouquíssimas ultrapassagens vistas em Valência.

Pois é, o circuito de rua valenciano é veloz e tem um cenário maravilhoso, com navios, construções antigas, praias e belas mulheres, mas a corrida permanece em seu destino de etapa chata com poucas ultrapassagens ou disputas por posições. Nem mesmo todas as mudanças implementadas para dar uma maior competitividade as corridas tornou o GP da Europa mais atrativo. Olha que havia ainda a entrada em vigor de uma das novas proibições determinadas pela FIA, em uma clara atitude de limitar a força da Red Bull nesta temporada. Nesta etapa foi proibido o mapeamento do motor, solução que pode modificar características de seu funcionamento dependendo das condições de corrida e que é feito de forma remota. No próximo GP será a vez de proibir os difusores sopradores que jogam ar quente por baixo do carro diminuindo a pressão aerodinâmica. Todas essas inovações estão nos monopostos desenvolvido por Adrian Newey para a equipe das latinhas de energéticos, mas parece que as restrições não deram o efeito esperado.

Se a Red Bull permanece sendo a melhor equipe, principalmente com Vettel, o seu principal concorrente parece ter mudado. Ou melhor, talvez tenha sido duplicado. A McLaren foi bem no Canadá com a vitória espetacular de Jenson Button, e já havia vencido na China com Lewis Hamilton. Mas agora é a Ferrari que se apresenta como concorrente em ascensão. Fernando Alonso foi segundo em duas corridas, Mônaco e agora Valência. E Felipe Massa vem se recuperando, talvez não a ponto de ser um concorrente para os pilotos rubro-taurinos, mas pelo menos para duelar com os da McLaren. Felipe terminou este GP em quinto, justamente entre Hamilton e Button. Chegou até a fazer uma boa largada saltando de quinto para terceiro, mas já na primeira curva forçou uma ultrapassagem sobre Webber. O resultado não foi dos melhores, já que Alonso lhe tomou a terceira colocação nessa manobra. Daí por diante seguia em quarto, mas com um novo erro da Ferrari em seu pitstop, Felipe perdeu a quarta posição para Hamilton.

Enquanto Ferrari e McLaren disputam a posição de rivais da Red Bull, a Mercedes vai se distanciando desse grupo. A equipe alemã vai bem nos treinos livres, porém tem um desempenho pífio em corrida. Nico Rosberg conseguiu pelo menos pontuar, cruzando a linha de chegada em sétimo. Enquanto isso Michael Schumacher chegou apenas em 17º, saindo da zona de pontuação devido a um choque com Vitaly Petrov. Falando em Renault, a equipe segue caindo de produção. Em Valência, Petrov não passou pelo Q2, largando apenas em 11º. Na corrida foi ainda pior, cruzando em 15º. Heidfeld teve um desempenho melhor, mas continua muito discreto para quem foi contratado para substituir Robert Kubica. Largou da nona colocação e chegou em décimo, ficando atrás de carros de equipes médias. Na verdade, a luta da Renault agora não é mais com as equipes da ponta, nem mesmo a Mercedes. Apesar do bom início de ano com direito a podiums, a equipe francesa briga agora é com equipes do meio do pelotão como Sauber e Force India.

E nesse grupo de equipes médias tivemos também algumas novidades. A Force India apareceu forte desde os treinos livres, Adrian Sutil passou inclusive para o Q3, largando da 10ª colocação. Na corrida, Sutil conquistou mais uma posição. Quem também pontuou foi Jaime Alguesuari da Toro Rosso. Correndo em casa, o jovem espanhol superou uma péssima posição no grid de largada, 17º lugar, com uma boa estratégia com apenas duas paradas para terminar a corrida em oitavo. Os demais pilotos de equipes medianas se embaralharam no meio do grid, nessa briga Rubens Barrichello conseguiu um modesto 12º lugar, quebrando uma sequência de pontos que vinha desde Mônaco.

Entre as pequenas, nada de novo. O quadro de forças permaneceu o mesmo, na seguinte sequência (do mais forte para o mais fraco): Lotus, Marussia Virgin e Hispania. Novidade mesmo é que todos os pilotos dessas equipes conseguiram terminar prova. Eles e todos que largaram em Valência, por sinal um recorde. Não que isso seja de muito valor, pois mesmo com tantos carros na pista, o Grande Prêmio da Europa não foi muito disputado.

O campeonato segue assim praticamente definido, com a tendência de Sebastian Vettel e Red Bull como futuros campeões. Sobraria apenas o vice para ser disputado por Webber, Button, Hamilton e Alonso. No campeonato de equipes, apenas McLaren e Ferrari tem chances de conquistar o vice-campeonato. E será essa luta pelo vice e pela vitória de um ou outro GP que trará emoções daqui para frente. A próxima corrida será na Inglaterra, no dia 10 de Julho, em Silverstone. Com certeza será um corrida melhor que Valência, não apenas por que as novas limitações estarão em vigor, mas principalmente porque Silverstone é um circuito melhor. McLaren e Ferrari deverão também tentar uma última cartada, novos pacotes de atualização serão implementados no tradicionalíssimo GP da Inglaterra.

Apostas F-1 | Valência, GP da Europa

Mais uma pole de Sebastian Vettel, o que falar da corrida de amanhã? E ainda tem Mark Webber em segundo, mostrando assim a supremacia da Red Bull no veloz circuito de rua de Valência. A tendência é de nova vitória de Vettel, mesmo porque seu companheiro não tem se mostrado um rival a altura. A torcida deve ficar para mais uma corrida agressiva de Lewis Hamilton que largará em terceiro. Alonso que vinha bem nos treinos livres, liderando e tudo mais, conseguiu apenas a quarta colocação. Com Felipe Massa na quinta posição, colocando seus carros entre os da McLaren, a Ferrari demonstra estar no mesmo nível da equipe inglesa e tomará que seja mais um fator para desequilibrar o domínio rubro-taurino no Grande Prêmio da Europa. Já a Mercedes deve mesmo acompanhar as equipes grandes sem incomodá-las. Rosberg e Schumacher completam as oito primeiras colocações.

Os demais pilotos no Q3 foram Nick Heidfeld e Adrian Sutil, dessa forma a Renault vai mesmo perdendo o ritmo das equipes grandes, Petrov nem mesmo passou para a terceira etapa do treino de classificação. A Force India apresentou-se como a melhor equipe média em Valência, com Adrina Sutil largando da 10ª colação e Paul Di Resta na 12ª. A Williams manteve seu ritmo, continuando a se classificar entre as melhores posições nas equipes médias. Barrichello foi 13º e Maldonado 15º. A Sauber e Toro Rosso completam o pelotão intermediário.

Lá no fim do grid, a novidade é a briga franca entre Marussia Virgin e Hispania. A briga pela rabeira deve ser grande em Valência. Já a Lotus não conseguiu um bom ritmo que lhe desse a oportunidade de brigar com alguma equipe média.

A corrida amanhã deverá ter esse panorama. Red Bull forte, principalmente com Vettel, e se tivermos sorte, Hamilton e Button podem entrar na briga devido a um grande esforço e principalmente ao acaso, os ingleses precisarão de muita sorte e talento neste GP. Quem sabe não vejamos amanhã um Hamilton que tome a ponta na primeira curva e mantenha a cabeça no lugar durante a prova? Talvez até um Button inspirado e que parta para cima dos adversários desde as primeiras voltas? Ou mesmo um Alonso motivado pela torcida espanhola? Esta deverá ser a última chance do espanhol para entrar na briga pelo título.

A Bela e a Fera . F-1 | GP do Canadá

A dupla da McLaren tem se destacado nas últimas corridas e não é pra menos. Lewis Hamilton e Jenson Button estão se esforçando para tirar a diferença técnica em relação ao conjunto vencedor formado por Red Bull e Sebastian Vettel. Mas existe uma diferença clara entre os pilotos da equipe inglesa, Hamilton tem um estilo muito agressivo, enquanto Button prima por uma pilotagem equilibrada e suave, tirando o máximo de sue monoposto sem provocar os acidentes que se tornaram frequentes com Hamilton.

Em Montreal, a dupla novamente teve um papel importante, mas Hamilton ficou pelo caminho devido ao seu destempero e aos choques com os adversários, inclusive seu companheiro de equipe. Enquanto Lewis ficava pelo caminho Jenson fez uma das mais belas corridas de sua carreira. Partiu para ataques mais agressivos, mudando um pouco de seu estilo, mas sem grandes prejuízos para seu equipamento. Foi punido pelos comissários, chegou a andar nas últimas posições e mesmo assim não perdeu o desejo pela vitória. Button ultrapassou nada menos que 7 adversários no último trecho da corrida para vencer na última volta, graças a um erro de Vettel que seguia pressionado por Button.

Para completar o ótimo dia do inglês estava no autódromo Gilles Villeneuve sua bela namorada, a modelo Jessica Michibata. As beldades locais também marcaram presença na arquibancada e no paddock.

 

Quadriculada Indy | Texas Twin 275 e Milwaukee 225, EUA

O Quadriculada Indy de hoje será duplo, ou melhor triplo, já que a prova realizada no Texas teve duas baterias. Vamos começar justamente por essa novidade. A organização da Indy programou uma rodada dupla para a etapa texana realizada na cidade de Fort Worth. Um fato histórico, já que essa foi a primeira vez que esse sistema foi adotado na Indy. A definição do grid de largada também foi modificada para essa prova, sendo realizada de forma convencional na primeira prova e através de sorteio na segunda. Cada bateria valeu metade dos pontos de uma corrida convencional.

O pole da primeira corrida foi Alex Tagliani, o canadense repetiu a façanha alcançada em Indianápolis e fez o melhor tempo para a primeira bateria. E essa primeira corrida demonstrou novamente a força da Ganassi nos ovais. Dario Franchitti tomou a ponta já no início da prova e se manteve a frente durante toda a prova, exceção apenas para os momentos de pitstop. Em segundo cruzou seu companheiro de equipe, o neozelandês Scott Dixon. Com o domínio da Ganassi, emoção mesmo só nas voltas finais quando o acidente entre Charlie Kimball e Wade Cunningham provocou uma bandeira amarela. Com o pelotão da frente com os carros mais próximos uns dos outros, Dixon, Power e Tagliani pressionaram muito o escocês nas últimas voltas, mas no final deu Franchitti como vencedor. Completando os dez primeiros tivemos, além da dupla da Ganassi, os seguintes pilotos: Will Power, Alex Tagliani, Takuma Sato, Ryan Briscoe, Ernesto Viso, Vitor Meira, Graham Rahal e Hélio Castroneves. Ficando assim evidente o quadro de forças com Ganassi (Franchitti e Dixon) e Penske (Power, Briscoe e Castroneves) em luta franca pelo título. Boa participação também da KV com Sato e Viso. Os demais brasileiros, Tony Kanaan e Bia Figueiredo, foram apenas 11º e 22º respectivamente.

Na segunda etapa tivemos uma prova diferente graças ao sorteio das posições de largada. As forças do campeonato ficaram assim embaralhadas. Quem teve mais sorte foi Tony Kanaan que recebeu a pole position. O que ajudou ao brasileiro da KV a se sair melhor nesta segunda parte. Largando na ponta, lutou muito com Will Power na primeira parte da corrida para manter a primeira posição, mas acabou sendo ultrapassado por Power e alguns outros concorrentes, terminando numa boa quinta colocação. A prova acabaria sendo vencida por Power que conseguiu seu primeiro triunfo em um oval. A vitória do australiano não foi assim tão fácil, já que além de Kanaan, o piloto da Penske teve ainda que segurar o ímpeto de Scott Dixon no trecho final da corrida. O resultado mais fraco da Ganassi nesta segunda bateria se deve principalmente ao resultado ruim do sorteio da posição de largada para seus pilotos, forçando uma corrida de recuperação para ambos. Dixon partiu do meio do pelotão, mas conseguiu novamente um segundo lugar. Já Franchitti largou no fim do grid e teve que lutar durante toda a prova para terminar na sétima colocação.

Dessa forma, os dez primeiros dessa segunda bateria foram os seguintes: Power, Dixon, Briscoe, Castroneves, Kanaan, Andretti, Franchitti, Patrick, Hunter-Reay e Viso. Vítor Meira foi 11º e Bia Figueiredo 22º. A Penske saiu assim melhor nessa segunda etapa com Power, Briscoe e Castroneves entre os quatro primeiros. A Ganassi demostrou força mesmo com o sorteio ruim das posições de largada. E os carros da Andretti finalmente apareceram bem no Texas com Andretti, Patrick e Hunter-Reay entre os noves primeiros. A KV também repetiu um bom resultado com Kanaan e Viso.

A prova de Milwaukee foi realizada na semana seguinte da etapa do Texas. Novamente se viu uma batalha entre os carros da Ganassi e os da Penske, contando ainda com a participação de Tony Kanaan que vem ajudando muito a KV a se firmar com equipe de ponta. E o resultado da briga foi favorável à Ganassi. A prova realizada no estado do Wisconsin não foi dividida em duas baterias e nem contou com sorteio para as posições de largada, mas mesmo assim a sorte seria vital para o resultado final. E dessa vez foi a Ganassi que pôde contar com a sorte, além do talento de Dario Franchitti nos ovais. Um pneu furado nas últimas voltas 30 voltas tirou a vitória de Hélio Castroneves, deixando-a para o escocês que havia partido da pole position e estava sempre entre os primeiros. Franchitti venceu assim mais uma corrida em um oval e empatou com Will Power na tabela do campeonato.

Mas vamos aos detalhes da etapa de Milwaukee. A prova foi marcada pela disputa entre Franchitti da Ganassi, Castroneves da Penske e Kanaan da KV. Entre uma e outra bandeira amarela esses pilotos trocavam de posições. Mas os brasileiros não estavam com a mesma sorte do escocês. Na parte final da corrida, Kanaan acabou batendo e abandonando a corrida. Como Hélio já vinha sofrendo com problemas no pneu traseiro, acabou tendo que parar nos boxes durante essa bandeira amarela, deixando a primeira posição e a vitória para Franchitti. Completando os dez primeiros cruzaram a linha de chegada: Rahal, Servià, Power, Patrick, Hinchcliffe, Dixon, Sato, Castroneves e Wilson. As várias bandeiras amarelas e acidentes que a provocaram acabaram provocando assim um resultado final não muito condizente com o jogo de forças na Indy. Mesmo com a Ganassi na ponta com Franchitti e Rahal (da equipe B de Chip Ganassi), as equipes mais fortes acabaram se misturando com outras medianas. Dixon, Castroneves e Briscoe acabaram atrás de carros da Newmann-Haas e da Andretti. E a KV que vem se mostrando como uma postulante a terceira força, teve apenas Sato entre os dez primeiros, já que Kanaan que vinha na briga pela vitória bateu na parte final da corrida.

A próxima prova será em Iowa no dia 25 de Junho. E o campeonato tem no momento Dario Franchitti e Will Power empatados na ponta. Seguidos por um surpreendente Oriol Servià em terceiro, Dixon em quarto e Rahal em quinto. Kanaan é o melhor brasileiro e ocupa a sexta posição no campeonato. É bom a Penske e Power abrirem os olhos que a Ganassi vem forte com Franchitti e Dixon nos ovais, além de Rahal da equipe B de Chip Ganassi.