A Bela e a Fera . F-1 | GP do Canadá

A dupla da McLaren tem se destacado nas últimas corridas e não é pra menos. Lewis Hamilton e Jenson Button estão se esforçando para tirar a diferença técnica em relação ao conjunto vencedor formado por Red Bull e Sebastian Vettel. Mas existe uma diferença clara entre os pilotos da equipe inglesa, Hamilton tem um estilo muito agressivo, enquanto Button prima por uma pilotagem equilibrada e suave, tirando o máximo de sue monoposto sem provocar os acidentes que se tornaram frequentes com Hamilton.

Em Montreal, a dupla novamente teve um papel importante, mas Hamilton ficou pelo caminho devido ao seu destempero e aos choques com os adversários, inclusive seu companheiro de equipe. Enquanto Lewis ficava pelo caminho Jenson fez uma das mais belas corridas de sua carreira. Partiu para ataques mais agressivos, mudando um pouco de seu estilo, mas sem grandes prejuízos para seu equipamento. Foi punido pelos comissários, chegou a andar nas últimas posições e mesmo assim não perdeu o desejo pela vitória. Button ultrapassou nada menos que 7 adversários no último trecho da corrida para vencer na última volta, graças a um erro de Vettel que seguia pressionado por Button.

Para completar o ótimo dia do inglês estava no autódromo Gilles Villeneuve sua bela namorada, a modelo Jessica Michibata. As beldades locais também marcaram presença na arquibancada e no paddock.

 

Quadriculada F-1 | Montreal, GP do Canadá

Alonso? Vettel? Nada disso, quem brilhou no GP do Canadá deste ano foi Jenson Button. O inglês que é conhecido pelo seu estilo de pilotagem mais suave e equilibrado, fez uma das mais belas corridas de sua carreira. Button lutou bastante ao longo de toda a prova, sofrendo com batidas, punições e as inconstâncias do clima. Mas mesmo assim foi para cima dos adversários de forma agressiva e levou seu McLaren a vitória, que ainda teve como um toque especial uma ultrapassagem na última volta sobre o líder do campeonato.

A corrida em Montreal foi mesmo especial, não apenas por causa da chuva e toda a confusão que ela proporcionou, mas pelas possibilidades que o circuito canadense oferece e pela habilidade de alguns pilotos. O GP canadense foi rico em ultrapassagens e disputas por posições, com cinco paralisações provocadas pelo mau tempo e alguns acidentes, uma delas durou mais de 2 horas, tornando este GP o mais longo da história da Fórmula 1. E ainda tiveram as lambanças de um fiscal de prova que escorregou e quase foi atropelado ao tentar tirar detritos da pista em uma das bandeiras amarelas.

Mas vamos aos detalhes. Após a classificação no sábado, ficou a sensação de que Red Bull e Ferrari comandariam o espetáculo no Canadá. Sebastian Vettel largava em primeiro e entre ele e seu companheiro de equipe, Mark Webber, vinham as Ferrari de Fernando Alonso e Felipe Massa. Logo atrás classificaram, aí sim, os pilotos da McLaren e Mercedes embaralhados entre si: Lewis Hamilton, Nico Rosberg, Jenson Button e Michael Schumacher. Os carros da Renault completaram os dez primeiros.

O quadro de forças era aparentemente esse, mas no dia seguinte isso mudaria de figura com todos os temperos que foram adicionados a esta prova. A começar pela largada, com a forte chuva que caiu na hora marcada para o início da corrida, as primeiras quatro voltas foram dadas com o safety car na pista e os monopostos em fila. Quando enfim começou a valer de verdade a disputa, Alonso foi para cima de Vettel seguido por Massa. Mas as três posições iniciais se mantinham, o que não aconteceu com Webber e Hamilton. O inglês da McLaren forçaria a passagem sobre o australiano, tocando em seu carro e o fazendo rodar. Webber acabou perdendo 10 posições nessa história, enquanto Hamilton ficaria em sexto. Mesmo com esse primeiro acidente, Lewis Hamilton seguiria com uma pilotagem agressiva e destemperada. O próximo duelo seria com seu companheiro de equipe, o também inglês Jenson Button. Na entrada da reta principal, Hamilton força a ultrapassagem e Button fecha o companheiro pela linha de dentro. Prejudicado pela pouca visibilidade, Jenson acabaria jogando Lewis no muro que teria a suspensão traseira de seu carro danificada e seria forçado a abandonar a corrida. A bandeira amarela apareceria apenas no local, seguindo a corrida.

Após o incidente com Hamilton, Button resolveu trocar os pneus de chuva pelos intermediários. Mas ao sair dos boxes, excederia a velocidade e seria punido voltas depois com um drive-through. Outros pilotos também mudariam para essa tática de pneus intermediários, dentre eles Alonso. Mas a chuva voltaria a apertar e na volta 25 a prova foi interrompida com bandeira vermelha, o que possibilitou a troca de pneus e a manutenção em todos os carros. A paralisação levaria um pouco mais de 2 horas e os dez primeiros até então eram: Vettel, Kobayashi, Massa, Heidfeld, Petrov, Di Resta, Webber, Alonso, De la Rosa e Button.

Com o reinício da prova, Button parte para a recuperação. Na volta 34 ele já está colado em Fernando Alonso e tenta a ultrapassagem na entrada de uma curva. Acaba tocando no espanhol, o que o levou a rodar e a sair da pista, ficando preso em uma das zebras. Alonso abandonaria após o acidente e Button seria forçado a trocar os pneus caindo para as últimas posições. O safety car também é acionado, o que reaproximou novamente os carros.

Com o fim da bandeira amarela causada por esse incidente, a prova novamente se reinicia e quem se destaca agora é Michael Schumacher. O heptacampeão ultrapassa Heidfeld que estava em quarto e se aproxima da briga entre Kobayashi e Massa pela segunda colocação. Num descuido desses dois últimos, o veterano faz uma ultrapassagem dupla e assume temporariamente a segunda colocação. Enquanto isso Button seguia recuperando posições e seria beneficiado por uma nova paralisação. Após o choque de Heidfeld em Kobayashi que danificou a asa dianteira do primeiro e provocou a perda de controle do seu monoposto.

As voltas finais da prova começam com Vettel na frente, seguido por Schumacher, Webber e um impressionante Button que havia feito sete ultrapassagens e foi beneficiado pela paradas de pitstops de pilotos que estavam a sua frente. Webber passa então a pressionar Schumacher, em uma das tentativas de ultrapassagem perde um pouco o controle do carro e Button aproveita e ultrapassa o australiano. Jenson Button parte então para cima do veterano da Mercedes e conquista a posição até com facilidade. O ritmo de corrida do piloto da McLaren era forte nesse fim de prova e se aproximava muito do carro de Vettel. Na última volta, quando já não parecia ser provável a ultrapassagem, o jovem alemão da Red Bull erra a poucos quilômetros da linha de chegada e abre passagem para que Jenson Button vença de forma incrível o GP do Canadá.

Vale destaque também a ultrapassagem de Massa sobre Kobayashi um pouco antes da linha de chegada. O brasileiro tinha um bom carro neste fim de semana, lutou muito e não teve tanta sorte, acabou em sexto. Michael Schumacher também precisa ser citado, já que terminou em quarto e fez boas ultrapassagens ao longo da prova, sendo uma delas dupla sobre Massa e Kobayashi. Quem conseguiu sobreviver após tantos incidentes também acabou sendo premiado. Barrichello levou mais dois pontos para a Williams, que melhorou muito nas últimas corridas. Outros que levaram seus pontinhos foram os pilotos da Toro Rosso, Alguesuari terminou em oitavo e Buemi em décimo. E por fim, Kobayashi também foi muito bem, chegou a estar em segundo, mas perdeu ritmo com a pista mais seca e acabou em sétimo.

Apesar da vitória de Button, o campeonato se mantém bastante favorável para Sebastian Vettel e a Red Bull. De qualquer forma a McLaren parece estar em posição de igualdade neste momento do campeonato com a equipe austríaca. Já a Ferrari deve ter a última chance de permanecer na disputa pelo título na próxima prova em Valência, em um circuito de rua de difícil ultrapassagem.

Apostas F-1 | Montreal, GP do Canadá

E o espanhol voltou! Será? Pois é, Fernando Alonso dominou os treinos livres nesta sexta em Montreal. Fazendo o segundo melhor tempo no primeiro treino e marcando o melhor no segundo. Mas o bicho-papão Sebastian Vettel não está morto. Obviamente fez um primeiro treino livre ruim, sofrendo inclusive um acidente na curva dos campeões, mas no segundo mostrou força ao fazer o segundo tempo. Voltando a Ferrari, parece que a escuderia italiana conseguiu realmente encontrar um bom acerto, já que Felipe Massa alcançou o terceiro posto. Vale lembrar que o brasileiro vem fazendo um campeonato ruim até o momento. Completando o pelotão da frente, tivemos ainda a dupla da McLaren com o quarto e o quinto posto. Mark Webber, o outro piloto da Red Bull, ficou um pouco para trás, tendo Paul Di Resta da Force India a sua frente.

Outra boa surpresa do dia foi a Williams que entrou na lista dos dez primeiros com Rubens Barrichello. Pastor Maldonado também foi bem, fincando duas posições abaixo do companheiro, na 12ª posição. Já a Mercedes havia aparecido bem no primeiro treino com Nico Rosberg em primeiro e Michael Schumacher em terceiro. Mas no segundo treino a equipe alemã despencou para o fim do grid, marcando respectivamente a 19ª e 20ª posições. Os pilotos da Mercedes reclamaram das paralisações ocasionadas por acidentes que teriam impediram boas voltas com tanque vazio.

Esses acidentes que atrapalharam Rosberg e Schumacher começaram com a batida de Adrian Sutil. O piloto da Force India acertou o muro, logo depois do “s” das curvas 4 e 5. No mesmo local Kamui Kobayashi da Sauber também se acidentaria, logo depois do ocorrido com Sutil. Minutos depois seria a vez de Jérôme D’Ambrosio. O belga sofreria o mais grave acidente da sessão, mas sem sofrer qualquer lesão.

Uma falta a ser sentida no Canadá é a do talentoso Sergio Pérez. O mexicano da Sauber havia sido liberado pelos médicos para disputar o grande prêmio canadense depois de ter sofrido aquele grave acidente em Mônaco. Mas após um bom primeiro treino, conseguindo inclusive o 11º tempo, Pérez se sentiu mal e foi substituído já no segundo treino livre por De La Rosa. O veterano não fez grande coisa, terminando na 18ª colocação.

Mas vamos para as apostas. A briga pela pole e consequentemente pela vitória deverá ser mesmo entre Alonso e Vettel. Button e Hamilton devem brigar com Massa e talvez Rosberg pelas posições seguintes. No grupo das médias a tendência é uma briga de pilotos da Williams e Force India pelas vagas que sobram no top-10. Pode-se incluir ainda os pilotos da Renault, Petrov e Heidfeld parecem não acompanhar o ritmo das grandes, resta a disputa com as melhores equipes do meio do grid.