Especial Carros 2 | A Família Real

Em dias de casamento real na Inglaterra, nada mais oportuno do que apresentarmos as referências para a criação de mais dois personagens ingleses da trama de “Carros 2”. Na sequência do filme da Pixar, Relâmpago McQueen participa da “Corrida dos Campeões”, competição que reune carros de diversas categorias. A etapa final da competição irá acontecer na Inglaterra e contará com a presença de A Rainha (The Queen) e de um dos príncipes da família real, Prince Wheeliam (William).

Para criar esses personagens estava a disposição do pessoal da Pixar o rico universo simbólico dos automóveis ingleses. São carros das mais variadas marcas, sendo muitas delas tradicionais e luxuosas como Rolls-Royce, Bentley, Jaguar e Aston Martin. E a melhor escolha no caso da personagem “The Queen” não poderia ser outra. Os Rolls-Royce são automóveis tradicionalmente utilizados por monarcas e chefes de estado em ocasiões especiais. O requinte e o seu ar clássico reforçam a posição dessas pessoas em tais eventos. No caso da personagem A Rainha, foram escolhidas formas que lembram muito os modelos mais antigos dessa tradicional marca, muito provavelmente modelos da década de 40 e 50 como o Silver Dawn ou o Phanton IV. Algo muito apropriado para representa uma pessoa mais velha e de alta posição como a rainha da Inglaterra.

Rolls-Royce Silver Dawn

Rolls-Royce Phanton IV

Já Prince Wheeliam, nome que é uma junção da palavra volante em inglês com o nome William, foi inspirado em modelos mais novos da marca Bentley. Marca essa que alia tradição, luxo e esportividade. A escolha era algo que se poderia esperar já que a personagem está associada a figura do jovem herdeiro da família real que se casou ontem. Pelas formas do personagem é possível especular que a inspiração mais precisa seria o modelo Bentley Continental.

Bentley Continental

Entre Aspas | “Virou farelo”

O Blog do Capelli tem um perfil interessante, busca sempre aliar um ponto de vista diferente e detalhista das corridas de Fórmula 1 com uma apresentação rica em fatos históricos da categoria. Em seu último post, o autor trouxe a tona a questão dos pneus na F-1. Seguindo as orientações da Federação Internacional de Automobilismo, a Pirelli retornou a categoria máxima do esporte a motor como fornecedora dos compostos de borracha, mas esses têm se mostrado pouco resistentes. A intenção era claramente contribuir para que as ultrapassagens e a emoção voltassem a F-1, isso em conjunto com as mudanças das regras que incluíam as asas móveis e o uso do KERS. Pelas últimas corridas podemos dizer que realmente essas alterações ajudaram.

Mas existe um porém, devidamente sublinhado pelo Blog do Capelli. Ao fornecer pneus que se deterioraram mais facilmente, a Pirelli não estaria fazendo uma propaganda negativa de seus produtos? Vale a pena conferir a crítica desenvolvida pelo Capelli em seu site.

Mercado F-1 | Marcas em Xangai

 

A Fórmula 1 é um esporte que desperta o interesse de milhões de espectadores ao redor do mundo. Essa audiência atrai patrocinadores que podem estampar suas marcas das mais diversas formas. Além da própria pintura dos carros, os ditos parceiros podem aparecer em placas nos autodrômos, durante a transmissão dos GPs na TV, em detalhes dos macacões de pilotos e mecânicos, bonés, nos motorhomes etc.

No GP da China deste ano, três marcas chamaram em especial a atenção deste blog. Como na F-1 existe uma certa recorrência na exposição das marcas, com acordos sendo feitos geralmente com prazos mais longos, qualquer mudança sutil ou a inclusão de um novo logotipo acaba por se destacar mais do que já é padrão na F-1. Em Xangai, o detalhe que mais chamou atenção foi a cor do macacão dos pilotos da McLaren. A equipe inglesa tem como padrão a cor branca com uma faixa vermelha acomodando o principal patrocinador da equipe na altura da barriga, que é neste caso a empresa de telefônia Vodafone. Mas, durante o treino de classificação para a corrida, Button e Hamilton utilizaram um fardamento na cor vermelha, lembrando muito o padrão da McLaren nos tempos de Senna e Prost. A mudança nas cores se deu pelo fato de que a Hugo Boss e a equipe inglesa estarem comemorando 30 anos de parceria. Tudo indica que essa mudança nas cores acontecerá a cada nova corrida, já que a empresa está como um ação na internet em que convida as pessoas a desenharem modelos diferentes para o vestuário dos pilotos.

Os boxes da Williams também chamaram nossa atenção. A outra tradicional equipe inglesa tem como uma de suas patrocinadoras a empresa de relógios suíços Oris. A marca da empresa apareceu não apenas na pintura do carro (mais precisamente na asa dianteira), mas também no chamado “pirulito” utilizado para informar aos pilotos o momento certo de engatar a marcha e sair dos boxes após o pitstop. Como o pirulito tem na ponta uma chapa em forma de círculo, foi feito um layout que se assemelhou a um dos relógios da marca suíça.

Os relógios realmente foram uma atração a parte na China. Além da parceira da Williams, outra marca desse tipo de produto que se destacou em Xangai foi a Hublot. A empresa fechou um acordo com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para ser o relógio oficial da F-1. Para dar a devida visibilidade a esse patrocinador, a FIA colocou na entrada dos boxes em Xangai um grande relógio analógico e ao seu lado uma placa com a marca Hublot. O local foi um foco especial de atenção ao longo do GP, já que a troca de pneus foi intensa.

Tívemos então Hugo Boss, Oris e Hublot como marcas que mais se diferenciaram no GP da China. Por sinal, marcas de produtos de luxo e de alto renome nos mercados em que atuam. Algo muito natural, já que a F-1 está ligada a grandes marcas de produtos luxuosos como Ferrari e Mercedes. Além do mais o constante crescimento econômico da China está levando a um consumo maior de produtos de alto valor, o que também justificaria a presença de tais marcas.

O próximo Grande Prêmio será na Turquia, estaremos atentos para aparições de novas marcas ou diferentes ações.

Hora do Comercial | Aventador contra o apocalipse

Vídeo apresenta o Lamborghini Aventador em cenas de combate com uma suposta catastrófe natural. Só mesmo com um superesportivo!

Substituto do Lamborghini Murciélago, o novo Lamborghini nasceu para “voar”, não apenas pelo forte motor V12 de 700 cavalos, mas também por contar com uma estrutura muito leve feita totalmente em fibra de carbono. A suspensa é outro destaque, com molas e amortecedores montados na horizontal, o conjunto segue assim a mesma solução utilizadas nos monopostos da F-1. O resultado é maior estabilidade para um carro que parece mais um avião. Falando em caças, o design do veículo lembra muito o seu irmão Lamborghini Reventón que possui formas angulosas inspirados em caças militares.

Quadriculada Indy | GP de Long Beach, Califórnia/EUA

A palavra monotonia não pode ser empregada às corridas da Fórmula Indy. E os motivos são variados: um carro padrão; equipes grandes com 3 ou 4 pilotos; um número maior de postulantes a vitórias e pelo título; paralisações que embaralham os pilotos a cada batida mais séria; diferença de orçamentos não tão grandes, etc. A Indy realmente é mais emocionante que a F-1, isso sem precisar de asa móvel, KERS ou pneus pouco duráveis. Mas acrescente a essa equação um circuito de rua como Long Beach e veremos, mesmo na Indy Series, um resultado que destoa da lógica que estava sendo traçada para o campeonato.

Essa quebra de padrão não aconteceu apenas pela vitória de Mike Conway. Até mesmo porque a sua equipe, a Andretti, é considerada uma das grandes e vinha em um ritmo de melhora de desempenho. A questão é que a grande quantidade de batidas e bandeiras amarelas na pista estreita e com uma curva em forma de cotovelo fizeram com que os postulantes pelo título se misturassem aos demais competidores no resultado final da corrida.

A Penske, que tem os seus três pilotos bem cotados na briga pelo título, viu Hélio Castroneves tocar o então líder do campeonato e companheiro de equipe Will Power na parte final da corrida. A colisão levou Castroneves e Power a terminarem respectivamente na 10ª e 12ª colocações. Um péssimo resultado principalmente para Will Power que largava na pole position. Já o outro piloto da equipe de Roger Penske, Ryan Briscoe, liderava até as últimas voltas, mas após a derradeira bandeira amarela foi superado por Conway. O jovem inglês veio com tudo nas voltas finais e ultrapassou pelo menos três pilotos para vencer a corrida. O piloto da Andretti estava bem em Long Beach, classificou-se na terceira posição e mesmo com alguns incidentes durante a prova conseguiu vencer pela primeira vez na Indy.

A Ganassi era a outra equipe que pela lógica do campeonato deveria estar na ponta. Dentre seus pilotos, Dario Franchitti foi o que conseguiu o melhor resultado. Largando da sétima colocação, o escocês fez uma prova regular, seguindo de perto os líderes. No final foi recompensado com a terceira colocação. Scott Dixon também participou das disputas pela ponta, mas cruzou a linha de chegada apenas na 18ª colocação.

Com as duas melhores equipes passando por um dia conturbado, criou-se um espaço para que outras equipes ganhassem mais destaque. A Andretti foi uma delas, não apenas pela vitória de Conway, mas também pela participação de seus pilotos em disputas na ponta e no meio do pelotão. Ryan Hunter-reay foi um dos que estavam brigando pelo primeiro lugar. O estadunidense fez uma boa prova, largando da segunda posição e sempre participando da disputa pelo primeiro posto. Porém, uma quebra de câmbio forçou o seu abandono no trecho final da prova. Já a estrela do time, Danica Patrick fazia uma prova mediana. Sempre batalhando com pilotos no meio do pelotão, envolveu-se inclusive em um incidente com Ernesto Viso que o jogou para o muro. Mas Danica conseguiu concluir a prova, conquistando a sétima colocação. Pior fez o filho do dono da equipe, Marco Andretti acabou com suas chances ao sair de forma atabalhoada dos boxes. Após as trocas dos pneus durante uma das bandeiras amarelas, Marco acabou acertando o carro de Sébastien Bourdais ainda dentro do pit lane. Foi sem dúvida uma prova cheia de altos e baixos para a equipe de Michael Andretti.

A KV era outra equipe que poderia incomodar as grandes Penske e Ganassi. Isso principalmente com o brasileiro Tony Kanaan. Mas alguns erros da equipe durante a prova impossibilitaram um melhor resultado. A oitava colocação no final da prova ainda manteve Kanaan na terceira posição do campeonato. Os demais pilotos da equipe sofreram com as batidas que foram frequentes em Long Beach. Como já comentado, Ernesto Viso forçou uma ultrapassagem sobre Danica Patrick e acabou sendo jogado para o muro. Já Takuma Sato deixou o carro escapar em uma das curvas do circuito de rua da Califórnia. Mas retornou a prova para terminá-la em um modesto 21º lugar.

Alguns outros destaques da prova foram os pilotos da Newmann-Haas e Alex Tagliani da Sam Schmidt. O último liderou algumas voltas e esteve sempre na ponta, concluindo a prova em quinto lugar. Oriol Sérvia também teve uma boa participação na disputa do pelotão da frente, mas acabou se envolvendo no acidente entre Castroneves e Power. Com uma bela manobra para virar o seu monoposto, o espanhol voltou para corrida para terminar o GP na sexta colocação. Já James Hincliffe conduziu o carro da Newmann-Haas até a quarta colocação no resultado final, saindo ileso de toda a confusão que aconteceu em Long Beach.

Além de Kanaan e Castroneves, todos os demais brasileiros conseguiram concluir a prova na Califórnia. Bia Figueiredo, ainda sofrendo com o punho machucado, rodou na volta de apresentação e conseguiu apenas a 19ª colocação. Já Vitor Meira e Raphael Matos terminaram mais a frente. Meira alcançou a 9ª colocação e Matos a 11ª.

A próxima prova será em São Paulo, mais um circuito de rua que pode embaralhar novamente o campeonato. A torcida pelos brasileiros permanece forte, principalmente para Tony Kanaan e Helio Castroneves que estão em equipes melhor estruturadas. Mas como o improvável pode acontecer em um circuito de rua, não será surpresa se Bia Figueiredo, Vítor Meira e Raphael Matos alcançarem bons resultados. Teremos também uma melhor transmissão em canal aberto, já que a prova brasileira atrai patrocinadores locais, aumentando o interesse da Bandeirantes em uma melhor cobertura da prova.