Quadriculada F-1 | Hungaroring, GP da Hungria

Falei e disse! Em condições adversas, o vencedor seria Jenson Button na Hungria. E não deu outra, o tempo instável em Budapeste, alternando chuva leve e pista seca, somado a um desgaste elevado de pneus, exigiu mais estratégia do que garra dentro da pista.

A McLaren apareceu bem nesse cenário. Não apenas com Jenson Button, mas também com Lewis Hamilton que já na largada pressionava o pole position Sebastian Vettel. O jovem alemão da Red Bull não resistiu e em poucas voltas Hamilton já liderava a corrida. Mas com escolhas erradas e uma pilotagem muito agressiva acabaria vendo sua corrida indo por água abaixo. Hamilton passou por uma zebra na chicane e rodou, ao tentar voltar quase acerta Paul Di Resta, um retardatário da Force India. A rodada valeria a primeira posição tomada por Button que também já havia ultrapassado Vettel. Mas mais para a frente o retorno atrapalhado para a pista renderia um drive-through. A penalização jogaria Hamilton mais para trás e lhe sobraria apenas a disputa com Webber pela quarta posição. O inglês acabaria ultrapassando o australiano da Red Bull.

Como se vê, o fim de semana da Red Bull não foi tão bom quanto se imaginava. Esperavasse mais de Vettel que largava da pole. Mas como alemão lidera o campeonato como uma certa folga, a segunda colocação alcançada ao final da prova com a ajuda dos erros de Hamilton se mostrou adequada aos seus planos. Mark Webber, o outro piloto da Red Bull, não ficou tão contente. O australiano largou em sexto e cruzou apenas uma posição a frente.

As Ferraris também não foram tão bem para quem ainda sonha com a briga pelo título. O início da prova foi marcado por saídas de pistas de Fernando Alonso e Felipe Massa que perdiam posições para carros piores como os Mercedes de Nico Rosberg e Michael Schumacher. Mas ambos pilotos não desistiram da luta e partiram para cima dos adversários. Os resultados dessas disputas não seriam a mesma para os companheiros de Ferrari. Alonso saiu ileso, enquanto Massa perdeu parte da asa traseira ao tentar ultrapassar Rosberg. No final, o espanhol conseguiu um pódio com seu terceiro lugar. Já o brasileiro teve que lutar muito para superar carros piores e chegar em sexto.

Completando os dez primeiros, destacaram-se Paul Di Resta da Force India em sétimo e os carros da Toro Rosso. Sebastien Buemi partiu de penúltimo para chegar em oitavo, enquanto seu companheiro Jaime Alguesuari cruzou em décimo. No meio desses pilotos de equipes medianas, Rosberg colocou seu Mercedes na nona colocação. Muito pouco para uma equipe que vislumbrou brigar com as grandes.

Esta foi a última corrida antes da pausa que a Fórmula 1 faz em agosto. Mas já agora neste próximo fim de semana, o circo volta com seu espetáculo de velocidade. O Grade Prêmio será na Bélgica no ótimo circuito de Spa-Francorchamp. A McLaren vem em alta, mas Vettel segue precisando de resultados medianos para conquistar o título.

Apostas F-1 | Hungaroring, GP da Hungria

Lewis Hamilton dominou os dois treinos livres na Hungria. Sendo que no segundo, onde os tempos podem ser considerados mais reais, vieram em seguida Fernando Alonso e Jenson Button. Os Red Bulls de Mark Webber e de Sebastian Vettel só apareceriam na quarta e quinta posições. Sinal de que a disputa em Hungaroring será apertada para os rubrotaurinos, mesmo levando em consideração que a equipe não utiliza força máxima nesses treinos. A prova realmente deve ser interessante, já que a Pirelli escolheu para a prova os pneus macios e supermacios. Durante os treinos ficou claro o desgaste excessivo de ambos os compostos.

Diante desse quadro, o que se pode esperar da corrida? Apostaria as minhas fichas na McLaren, não apenas em Hamilton, mas principalmente na tocada leve e precisa de Button. A vitória pode estar nas mãos de Jenson se conseguir uma boa classificação amanhã. Para a pole position ficaria com Hamilton ou mesmo com Mark Webber. Fernando Alonso e Sebastian Vettel podem entrar facilmente nessa briga e tornar a prova bastante agitada.

No pelotão intermediário, agora com Mercedes e Renault juntando-se ao grupo, a equipe que melhor se destacou nos treinos foi a Force India, em seguida a Sauber. A Mercedes chegou a andar no fim do grid, mas conseguiu no final do treino os melhores tempos desse grupo intermediário. Mas amanhã com o consumo excessivo de pneus, a vida de Nico Rosberg e Michael Schumacher não será fácil. E quem melhor pode ganhar com isso é a Sauber que vem se destacando na economia de pneus em muitas das provas realizadas este ano. Então é bom ficar de olho em Kamui Kobayashi e Sergio Pérez.

Quadriculada F-1 | Nürburgring, GP da Alemanha

Santo de casa não faz milagre. Essa parece ser a máxima de Sebastian Vettel, o bicho-papão do campeonato segue sem vencer em casa. Nem na primeira fila o jovem alemão conseguiu largar, foi superado pelo pole e companheiro de equipe Mark Webber e por Lewis Hamilton, da McLaren. Mesmo com Webber com o melhor tempo da classificação, o dia da Red Bull também não foi dos melhores. A equipe com o melhor carro do campeonato viu a diferença em relação aos rivais McLaren e Ferrari diminuir. O que fez com que seus pilotos ficassem atrás de pelo menos um carro de cada um dos seus adversários. Resultado final: vitória de Hamilton, com Fernando Alonso em segundo.

Nürburgring foi uma corrida em que a Red Bull perdeu a vitória literalmente na pista, numa disputa franca entre os pilotos, sem interferências de problemas de pit stop, mal tempo ou erro de seus pilotos. E olha que os difusores que haviam sido proibidos na Inglaterra voltaram a ser liberados pela FIA. Na verdade essa mudança favoreceu aparentemente mais a McLaren que havia perdido muito desempenho no GP da Inglaterra. Já a Ferrari não sentiu tanto o golpe, com ou sem difusores os italianos estão melhores no campeonato e talvez o título de pilotos não esteja assim tão definido para o lado de Sebastian Vettel. Se Hamilton, Alonso e Webber seguirem fortes nas corridas que se seguem, haverá possibilidade de uma disputa franca pelo título de 2011.

E foram justamente esses os principais protagonistas do GP da Alemanha. Hamilton, Alonso e Webber disputaram ao longo da corrida as três primeiras posições. No início a disputa estava mais centrada entre Hamilton e Webber. O australiano largou na pole position, mas foi superado pelo inglês logo na largada. Enquanto isso Alonso tomava a terceira posição de Vettel, mas o alemão retomaria em seguida devido a um erro do espanhol. Mas isso não durou muitas voltas e o espanhol conquistou novamente a terceira posição. Daí por diante Alonso se aproximou da dupla da frente, enquanto Vettel com problemas nos freios passou a disputar a quarta posição com Massa.

As paradas para trocas de pneus marcaram as trocas de posição entre Hamilton, Webber e Alonso. Webber chegaria a retomar a ponta antes da primeira troca, mas Hamilton daria o troco no australiano logo em seguida. Com um maior desgaste nos pneus, Webber seria o primeiro a parar, deixando a briga pela vitória nas mãos de Hamilton e Alonso. O espanhol da Ferrari conseguiria ultrapassar o inglês da McLaren na segunda troca de pneus, mas Hamilton novamente retomaria a primeira colocação com muito arrojo. Após essa segunda troca não haveria mais alternância de posições, mesmo com a terceira parada sendo realizada tanto para Hamilton, Alonso quanto para Webber.

Esse trio de pilotos da McLaren, Ferrari e Red Bull conseguiu assim um maior destaque em relação aos seus respectivos companheiros de equipe. Na McLaren, Jenson Button fez uma prova mais discreta e abandonou quando estava na quinta posição. Felipe Massa da Ferrari poderia até ter brigado com o trio da frente, mas ficou travado atrás de Nico Rosberg da Mercedes durante as primeiras voltas da corrida. Após superá-lo, passou a disputar com Sebastian Vettel da Red Bull a quarta posição. O brasileiro chegou a ultrapassar o líder do campeonato e se manteve nessa posição ao longo de várias voltas, mas no último pit stop, realizado nas voltas finais, Massa sofreu com mais um erro da Ferrari e foi ultrapassado por Vettel antes de sair dos boxes.

O embaralhamento visto na Alemanha não ficou restrito apenas entre as três melhores equipes da F-1. A Mercedes que deveria estar logo atrás de Red Bull, McLaren e Ferrari, viu seus pilotos serem superados pela Force India de Adrian Sutil que terminou na sexta colocação. Nico Rosberg que chegou a lutar com Massa pela quinta posição, terminou em sétimo. Michael Schumacher, seu companheiro de equipe, veio logo atrás. O veterano alemão largou bem em sua terra natal, mas acabou cometendo erros durante a prova que o levaram a terminar na oitava posição. Kamui Kobayshi, da Sauber, veio logo em seguida. O japonês fez novamente uma boa prova brigando com carros da Mercedes e da Renault. Fechando os dez primeiros, Vitaly Petrov fez mais que seu companheiro de Renault, Nick Heidfeld. Algo não muito difícil, já que Heidfeld se envolveu em um acidente com Buemi no início da prova. Dessa forma, Force India e Sauber, equipes consideradas médias, colocaram pelo menos um de seus pilotos entre carros de equipes de maior porte como Mercedes e Renault. O mesmo não pode ser dito de Williams e Toro Rosso. Ambas equipes não tiveram muitas chances na Alemanda. A exceção talvez seja Barrichello, o brasileiro poderia talvez ter conquistado pontos para a Williams, mas sofreu novamente com problemas em seu monoposto. Rubens abandonou devido a um vazamento de óleo.

A próxima corrida será na Hungria e a esperança novamente está no ar. Red Bull e Sebastian Vettel são a aposta mais certa para o título desse ano, mas a vitória de Hamilton e as boas atuações de Alonso e Webber alimentam novas esperanças. Certo mesmo só uma disputa mais acirrada pela vitória em Hungaroring, já que Vettel segue precisando apenas de resultados medianos para vencer o campeonato.

Entre Aspas | “Os Capacetes de Mônaco”

Um outro blog interessante sobre Fórmula 1 é o do Ico. Os textos lá publicados são de autoria de Luis Fernando Ramos, o Ico. Jornalista que acompanha em loco todos os grandes prêmios da F-1, cobrindo o evento para a Rádio Bandeirante, o Lance e para o site Total Race. O “Entre Aspas” de hoje traz justamente a sugestão de leitura de um post publicado no Blog do Ico.

Em “Os Capacetes de Mônaco”, Ico destaca os capacetes com pinturas especiais utilizados por alguns dos pilotos da F-1. Como a prova do principado é cheia de detalhes e atrativos especiais, os pilotos geralmente aproveitam para utilizar uma pintura diferenciada. Dentre elas chamaram a atenção coincidentemente as dos capacetes dos três primeiros colocados em Monte Carlo: Sebastian Vettel, Fernando Alonso e Jenson Button. O capacete de Vettel que tem uma base associada a identidade visual da Red Bull, ganha a cada prova detalhes diferentes. Nesta foi feita uma especie de colagem com cartazes antigos de divulgação do GP de Mônaco. Alonso preferiu reforçar toda a tradição da prova com uso do dourado, preto e do branco no lugar das cores da Espanha e das Astúrias, que são o vermelho, amarelo e o ciano. Já Button fez uma homenagem as vítimas do terremoto do Japão ao trocar as cores e formas da bandeira da Grã-Bretanha pelas do país asiático. Além disso o inglês e seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton, participaram de uma ação de marketing da Steinmetz. A tradicional joalheria incrustou diamantes em detalhes dos capacetes da dupla inglesa da McLaren. Confiram com mais detalhes essas e outras imagens no Blog do Ico.

A Bela e a Fera . F-1 | GP de Mônaco

     

O GP de Mônaco é uma prova especial no calendário da Fórmula 1. Acontece nas ruas estreitas de uma das mais charmosas cidades europeias. Além dos prédios antigos e os famosos Cassinos do principado, fazem parte do cenário belas mulheres que aproveitam o sol em trajes de banho das fachadas de hotéis e das milionárias embarcações ancoradas no cais de Mônaco. Além da beleza das plebeias presentes para assistir o GP, o público teve o deleite da presença de parte da ala feminina da família real monegasca. O príncipe Alberto de Mônaco foi acompanhado pela sobrinha – Charlotte é filha da princesa Caroline de Mônaco – e por sua futura esposa Charlene Wittstock na entrega dos troféus aos três primeiros colocados.

Enquanto as beldades aproveitavam toda a agitação em Mônaco, os pilotos se engalfinhavam na pista. O grande prêmio deste ano foi uma ótima prova, cheia de disputas e acidentes. E o personagem principal dessa trama foi Lewis Hamilton. O piloto inglês foi um misto de herói e vilão. Com suas manobras arriscadas trouxe para a corrida muitas emoções e ultrapassagens ousadas, mas também acabou com a prova de pelo menos dois pilotos. O duelo com Felipe Massa, ainda na parte inicial da corrida e na curva mais lenta da Fórmula 1, ocasionou danos no carro do brasileiro que o levariam a perder o controle de sua Ferrari e a bater dentro do túnel. Já na parte final, Hamilton atacou Pastor Maldonado, forçando a ultrapassagem na Sainte Dévote. Acabou jogando o venezuelano e seu Williams na barreira de pneus e provocando o abandono de Maldonado. Mas mesmo com as punições por esses incidentes, Hamilton cruzou a linha de chegada em sexto lugar.